sábado, 12 de março de 2011

Dicas para Reprodução do Trinca Ferro.

O criador pode optar por duas formas de criação: MONOGAMIA ou POLIGAMIA, que dependerá da finalidade da criação.

A MONOGAMIA é o sistema onde há formação do casal, onde os dois ficam responsáveis por alimentar os filhotes.

Vantagem:
  • Menor trabalho com manejo reprotudivo;
  • Maior facilidade na alimentação dos filhotes.

Desvantagens:
  • Gaiolas ou viveiros maiores;
  • Necessidade de espaço maior para criação;
  • Riscos de agressões aos filhotes;
  • Melhoramento genético lento;
  • Menor produtibilidade.

A POLIGAMIA é o sistema onde um macho é utilizado para cobertura de mais de uma fêmea, podendo chegar facilmente numa relação de 1:5.

Vantagens:
  • Gaiolas menores;
  • Verticalização da produção;
  • Espaço menor para criação;
  • Maior produtibilidade;
  • Melhores condições de seleção genética;
  • Menor riscos de agressões aos filhotes.

Desvantagens:
  • Maior tempo dispensado para o manejo reprodutivo;
  • Ajuda na alimentação dos filhotes.


MANEJO REPRODUTIVO NA POLIGAMIA


Nestas condições a fêmea é a dona do território, exerce dominância, chegando muitas vezes a demonstrar agressividade na presença do macho. O macho demonstra respeito pela fêmea, às vezes medo.

Para facilitar o cruzamento, precisamos de fêmeas dominantes sem agressividade e machos que respeitem as fêmeas, mas que não tenham medo.

Fêmeas muito agressivas ou macho com medo, representam maiores dificuldades para o cruzamento.

É comum as fêmeas de trinca pedirem gala mesmo não estado prontas. Este comportamento é chamado pelos criadores de “gala falsa”. Normalmente estas fêmeas são boas criadeiras e é um sinal que estão bem adaptadas ao cativeiro.

   A “gala falsa” é uma dificuldade a mais na hora de fazer os cruzamento. Brigas são comuns e muitas vezes acabamos perdendo um bom reprodutor, por este ficar com medo da fêmea ou agressivo, não fazendo mais a cobertura.

Na tentativa de diminuir estes acidentes, passo a informar alguns cuidados e observações que o criador deve ter:

   Somente tente fazer o macho galar a fêmea, se esta estiver confeccionando o ninho. Se ela pedir gala, mas estiver acompanhado os movimentos do macho, não é a hora.
 
A fêmea, quando pronta, fica estática, parece estar em transe. Portanto, se estiver movimentando a cabeça ou o corpo, ainda não é a hora.

  Normalmente quando ela esta pronta, ela pede gala e junta as penas da cauda para facilitar a cobertura.

   Use a grade divisória na gaiola da fêmea. Se o macho entrar na gaiola e ela continuar parada, é sinal que esta pronta. Então volte o macho para a gaiola dele, espere de 20-30 minutos e deixe-o entrar na gaiola, agora sem a divisória.
   Se a fêmea pedir gala de costas para o macho, provavelmente ela vai deixar ele galar.

   Estas são observações que podem ajudar, mas com o tempo o criador passa a conhecer melhor as fêmeas, e saberá detalhes do comportamento de cada uma, tendo assim melhores resultados.

   As fêmeas podem continuar aceitando o macho por até 3 dias. A postura ocorre, normalmente, 2 dias após ela não aceitar mais cobertura.

    Se o macho estiver com uma boa fertilidade, uma cobertura é suficiente para fertilizar todos os ovos. No início da temporada é importante deixar o macho fazer mais coberturas até termos maiores garantias da fertilidade. Depois é melhor diminuir as coberturas, assim poderemos cobrir mais fêmeas com um mesmo macho.

INCUBACÃO DOS OVOS

Os ovos serão incubados por 13 dias.

A ovoscopia, para se ter maior segurança, deve ser feita com 5 dias, mas a partir de 3 dias já é possível observar o embrião.






NASCIMENTO DOS FILHOTES

Nos primeiros dias de vida dos filhotes, a fêmea procura basicamente por alimento vivo. É importante fornecer também uma farinhada umedecida de boa qualidade, com níveis de proteína acima de 20%.

É preciso regular a quantidade de larvas de tenébrio, pois o seu excesso pode causar compactação nos filhotes.

O criador pode tentar não fornecer alimento vivo, para isso recomendo adição de 2-3 % de farinha de minhoca na farinhada.


SEPARAÇÃO DOS FILHOTES

Os filhotes devem ser separados entre 35-40 dias.

É uma fase crítica para os filhotes. O estresse da separação pode predispor o filhote a doenças, devido uma baixa nas defesas do seu organismo. Portanto devemos fazer o possível para evitar transtornos nesta fase.


  • Não junte filhotes de mais de uma ninhada numa mesma gaiola. Caso não seja possível, pelo menos não deixe filhotes mais velhos com os mais novos. Os mais valentes podem bater nos mais novos, prejudicando o seu desenvolvimento e causando estresse.
  • Mantenha os cuidados com a higiene. Os filhotes experimentam de tudo, inclusive as fezes. Uma gaiola com a grade alta no fundo, é indispensável. .
  • Mantenha os cuidados com a higiene. Os filhotes experimentam de tudo, inclusive as fezes. Uma gaiola com a grade alta no fundo, é indispensável.
Fonte: 
Materia retirada do site: www.cobrap.org.br.
Escrita por: Claudiney Daniel dos Reis.

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